Eu confesso que não gosto e nunca vou gostar de Crepúsculo. Mas essa história lembra Crepúsculo... Só que é bem melhor.
É um romance clássico estilo Romeu e Julieta.
Será a minha vida, com os personagens de Kuroshitsuji no meio. Com personagens de Kuroshitsuji eu quis dizer Ciel e Sebastian...
Bem, continuando...
Não tem mais nada para dizer. Aqui termina a introdução. Vamos a fanfic!
Solta a fic comandante Hamilton!!!

Sinopse:

Eu pensei que minha vida seria normal.
Eu pensei que eu sempre seria aquela garota fria e "sem brilho" presa no meio de um monte de gente infantil e sem personalidade própria.
Eu pensei que estaria sempre sozinha no mundo.
Até que ele se meteu nela...

Capítulo um - Salva vidas

O dia foi normal. Fui para a escola, os mesmos colegas idiotas estavam sentados nas mesmas carteiras e eu sozinha lendo o mesmo livro que já estava me deixando entediada.
- Afinal de contas, quando o Eragon vai fazer alguma coisa interessante?! Andando no meio da rocha sozinho com o Orik, okay. E depois?! - Quando me toquei, eu estava falando em voz alta e todo mundo estava me olhando estranho... - Estão olhando o que??? Vão procurar o que fazer!
Eu continuei lendo o livro com uma expressão azeda no rosto, como quem não está nem um pouco interessado no conteúdo.
- Ai Raquel! Você só fica nesse seu livro idiota! Vai fazer alguma coisa interessante! - Disse Felipe se aproximando com seu biquinho de funckeiro babando no meu ombro.
- Ouvir funk sem fone de ouvido no ônibus não conta como coisa interessante. Agora larga do meu pé.
Ele continou do meu lado gritando palavras sem sentido, e quanto mais ele gritava, mais desprezo eu demonstrava, continuando minha leitura tediosa. Estava tudo "bem", até que Márcia, a diretora da escola, chega na porta da sala com uma expressão alegre.
- 7° ano! Temos um aluno novo aqui!
- É alguém que chegou atrasado? - perguntou Ana Paula com seu jeito metido, porém sem razão e com um sorriso.
- Não Srta. Ana Paula. Ele é londrino. Seu nome é Ciel Phantomhive.
Ela abriu mais um pouco a porta e deixou passagem para um garoto baixinho de cabelos azuis, tapa-olho, olho azul, pálido e muito magro. Ele carregava uma expressão azeda e parecia não estar satisfeito com o uniforme, usando um fraque por cima da camisa da escola e calças elegantes de gala. Ele apenas entrou e se sentou em um lugar indicado por Márcia, que como eu sabia, estava livre no mapeamento.
- Garoto mal educado. Entra aqui sem dizer nada e parece que já se acha parte da escola. - Bárbara sussurrou atrás de mim.
- Pessoas podem ter qualquer motivo para ter personalidade fria. - Eu respondi.
- Okay. Mas dá pra perceber que ele é muito estranho... Olha isso... O que são essas roupas, esse cabelo, esse olhar... E qual é a do tapa-olho?
- Bárbara! Você é muito mal educada! "Qual é a do tapa-olho?"... - falei fazendo falsete. Depois me acalmei e voltei a ler o Eldest.
Percebi o Ciel se movimentar na cadeira. Ele colocou a mochila no apoio e se sentou na cadeira da minha frente.
- Eldest, segundo livro do ciclo da herança, escrito por Christopher Paolini.
- Exato.
- Esse livro é uma droga!
Eu soltei um leve riso, depois respondi, fechando o livro:
- Eu sei, está tão parado... Você já leu?
- Eu li... E não gostei.
- Eu percebi há ha! Meu nome é Raquel Osorio.
Ele ficou quieto durante um tempo, cabisbaixo.
- O que aconteceu?
- O nome da minha mãe era Raquel...
Olhei preocupada para ele.
- Sua mãe...
- Meu pai também.
- Nossa! Que horror! - Olhei com ódio para Bárbara, que acaba de ficar super vermelha e cabisbaixo.
- Ahn... Ciel... Eu sou Bárbara. Eu acabei de dizer para a Raquel que você é mal educado por ter chegado com essa cara amarrada sem dizer nada. Mas eu não sabia que tinha um motivo tão bom pra ficar assim! Desculpe-me!
- Aceitas. - ele respondeu. Frio, porém sarcástico.
Eu continuei lendo, quase dormi. Eldest é muito chato!
- Acho melhor você se livrar desse livro antes que morra de tédio.
- E o que essa garota magrela poderia fazer para se livrar de um livro desses? Ela gosta tanto que pra ela deve ser crime rasgar páginas de caderno ha há ha há!!! - Bárbara começou a rir esperando que Ciel risse junto.
- Qual a virtude de rir da desgraça alheia? - eu falei séria.
- Ah cala a boca Raquel. Ninguém te chamou na conversa.
Ciel se levantou, assumindo um semblante intimidador.
- Ninguém te pediu opinião sobre ela. Sem contar que ao pejorar alguém você automáticamente chama essa pessoa na conversa. Então quem deve se calar é você Srta. Bárbara.
- Owwwwn! O aluno novo tá defendendo a cabrita velha! - gritou Ana Paula.
Ciel lançou seu olhar assassino para Ana Paula, que se calou no mesmo instante. Eu me deliciei com a cena de Ciel intimidando a sala. Até que comecei a rir e o puxei sentado na cadeira novamente pela calda do fraque.
- Okay, já se divertiu Ciel. Senta ali, está livre também. - apontei para um lugar vago ao meu lado.
Ele me lançou um sorriso com o canto da boca e se sentou lá.
A professora Marina, professora de português, chegou e sorriu docemente para Ciel.
- Bom dia classe! Bom dia... Novo aluno!
- Bom dia. - ele disse para Marina.
Ela ficou vermelha. Ninguém além de mim dizia bom dia para a professora, e eu só dizia na portaria.
- Qual seu nome?
- Ciel Phantomhive.
- ELE É LONDRINHO FESSÔRA! - Felipe gritou se levantando.
A professora revirou os olhos e novamente se voltou para Ciel com um sorriso doce.
- Seja bem vindo Ciel.
E a aula estava prestes a começar, quando a professora decidiu perguntar para Ciel um pouco mais sobre sua vida.
- Eu tenho 12 anos, moro aqui em São Paulo há dois meses. Peço que não me provoquem por que eu fico estressado fácil e não quero ter problemas com ninguém.
- Por que fica estressado fácil, Ciel? - perguntou a professora preocupada.
- POR QUE ELE É ORFÃO FESSÔRA! - Felipe novamente gritou apontado para Ciel.
Todos olharam indignados para Felipe, e lá veio a chuva de xingamentos que nenhum guarda-chuva poderia parar. Eu também estava xingando... Porém percebi que Ciel permanecia na carteira, olhando baixo submissamente, com lágrimas correndo pelo olho sem o tapa-olho. Eu olhei para a professora com um olhar do tipo "Faça alguma coisa!". E ela fez... Do seu jeito...
- OOOOOOOOWWWWWWH!!!!! VAMOS ACABAR COM ESSA POUCA VERGONHA AQUIIIIII!!!!!!!!!!!! - a sala inteira se sacudiu
com o grito de Marina. - Sr. Felipe! Peça desculpas AGORA para Ciel sobre os eu comentário!
- Foi mal cara.
- E depois desse espetáculo, a última coisa que vou fazer é perguntar qual é a do tapa-olho. Vamos começar a aula então...
A aula foi chata e recebi um monte de bilhetes de Ciel durante a aula.

Ele respondeu o último comentário com uma piscadinha. Assim a aula continuou e o sinal da segunda aula tocou. Até o sinal do intervalo tocar foi como uma eternidade. Finalmente um amigo aparentemente verdadeiro.